50 Anos de Abril - Liberdade à Solta
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in Programação
IPDJ | ENTRADA LIVRE
⇒ DIA 01 MAIO | 18H00 - Sessão apresentação por Joana Ascensão, programadora da Cinemateca Portuguesa.
- 25 DE ABRIL, 3 DA TARDE NO LARGO DO CARMO, Manuel António Pires, 1974, 5’08’’
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
- ANO 1º - 1º DE MAIO, Unidade de Produção Cinematográfica Nº 1, 1975, 10’
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Uma enchente vermelha invade as ruas de Lisboa e do Porto. É a força efusiva do primeiro 1º de Maio no Portugal do pós-25 de Abril. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
- PRIMEIRO 1º MAIO EM LIBERDADE, 1974, 12’ (Filmagens em Faro)
Colaboração com a Cívis
- A LUTA DO POVO, Grupo Zero, 1976, 29’33’’
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Centrado na aldeia de Santa Catarina, no Alentejo, o filme dá a conhecer a evolução de um curso de alfabetização para adultos que decorre no contexto da Reforma Agrária. Para Alfredo, trabalhador agrícola de 44 anos, a aprendizagem das primeiras letras coincide com o aprofundar de uma consciência política e de classe - nas aulas, começa-se por aprender a escrever “povo”, “luta” e “terra”. A projeção destas primeiras filmagens junto da população e o debate que se segue em torno de problemas de saúde, transporte e saneamento básico na povoação representam a segunda parte do filme, onde podemos ainda ver a formalização da Cooperativa Agrícola Nova Esperança pelos habitantes da aldeia, para melhor defenderem os seus interesses. O filme é assinado pelo coletivo de cineastas Grupo Zero. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
- CRAVOS DE ABRIL, Ricardo Costa, 1976, 28’49’
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
CRAVOS DE ABRIL é uma recapitulação dos primeiros dias da Revolução de 1974, da madrugada do dia 25 de Abril ao dia 1 de maio integra imagens raras do dia 25, no Terreiro do Paço e no Largo do Carmo, da libertação dos presos políticos no dia 26 e da manifestação do 1º de maio. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
- REVOLUÇÃO, Hatherly, Ana, 1975
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Numa abordagem experimental, são colocados lado a lado cânticos de luta, fragmentos de discursos célebres e retalhos de cartazes, murais e gravuras de temas políticos e revolucionários. A montagem frenética combina excertos visuais e sonoros para pôr o espectador numa espécie de desfile supersónico pelas primeiras celebrações da Revolução de Abril, captando toda a euforia aí sentida. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
- PAREDES PINTADAS DA REVOLUÇÃO PORTUGUESA, António Campos, 1976
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Rodado em Lisboa depois da Revolução de Abril, este filme curto de António Campos mostra paredes e muros de temas revolucionários pela cidade dentro. A música é do compositor Fernando Lopes-Graça e o texto do pintor António Domingues. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
- 25 DE ABRIL, 1974 UMA AVENTURA PARA A DEMOCRACIA, Edgar Pêra, 2000, 15’
Documentário com base nos arquivos do 25 de Abril. É um filme sobre o fim do fascismo e o 25 de Abril, visto a partir das ruas e dos rostos das pessoas. Mais do que mostrar a revolução militar, revela a adesão popular ao movimento. Imagens e sons do passado (a ditadura e a libertação) misturam-se com imagens e sons do presente (manifestações de apoio à independência de Timor).
⇒ DIA 01 MAIO | 21H30
- SCENES FROM THE CLASS STRUGGLE IN PORTUGAL, Robert Kramer, 1976, 96’
Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Os norte-americanos Robert Kramer e Philip Spinelli constroem um relato penetrante do movimento social radical desencadeado em Portugal no PREC. Passa-se pelo apelo da esquerda à ação armada do povo, a alegada influência dos Estados Unidos no sentido de travar este movimento, o papel do MFA, a nacionalização dos bancos e de algumas organizações, a Reforma Agrária, os conflitos internos entre os trabalhadores na imprensa e na rádio, a independência de Angola, as greves organizadas pelos sindicatos, o 25 de novembro de 1975 e as eleições presidenciais de 1976. O quadro ganha força com o recurso a um amplo conjunto de notícias, fotografias, entrevistas e imagens de arquivo. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
⇒ DIA 02 MAIO | 21h30
- QUE FAREI EU COM ESTA ESPADA, João César Monteiro, 1977, 66’
Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema no âmbito do projecto FILMar, integrado no Mecanismo Europeu de Financiamento EEA Grants 2020-2024.
Que Farei Eu Com Esta Espada? insere-se, com alguma tipicidade, na corrente do cinema português que lidou com o “aftermath” do 25 de Abril de 1974. Tipicidade, dissemos? Sim: no modo de produção, rápido, próximo da “rua”, no “formato revolucionário” do 16mm, artesanal, concebido em forma de interpelação documental. Tipicidade, ainda, no esboço de um projecto que sem deixar de querer estar em cima dos acontecimentos – e de, portanto, reflectir a “actualidade” – procura ainda mais encontrar uma distância que propicie a análise e que, de certa maneira, o “esvazie” do seu tempo. Muitos filmes deste período se jogaram segundo estas coordenadas, uns com mais sucesso outros com menos. Mas a partir daí a palavra “tipicidade” deixa de fazer sentido. Primeiro, por causa dos elementos que João César Monteiro convoca (e que passam pela “chamada” do Nosferatu de Murnau) e da relação que o filme articula entre eles. Depois, porque Que Farei Eu Com Esta Espada? é, como o título indica, um filme de interrogações, profundas e sem resposta directa, um filme que não tem necessariamente nenhuma “certeza revolucionária” a propor. Pelo contrário, é um filme obscuro e que obscurece. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
- TERRA DE PÃO, TERRA DE LUTA, José Nascimento, 1977, 68’
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
A história da consolidação da Reforma Agrária no Alentejo, segundo a perspetiva revolucionária. “A terra a quem a trabalha” é o grito de guerra daqueles que pretendem ocupar os terrenos agrícolas e explorá-los em unidades coletivas de produção. No processo, agudizam-se as tensões com os grandes proprietários rurais, culminando na proibição das ocupações ditada pela Lei Barreto. Um clássico do cinema militante da Revolução. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
⇒ DIA 03 MAIO | 21h30
- ACTO DOS FEITOS DA GUINÉ, Fernando Matos Silva, 1980, 86’
Cópia digitalizada e restaurada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
Com imagens captadas na Guiné-Bissau (1969–1970) durante a Guerra Colonial e nos arredores de Lisboa durante o período revolucionário (1975–1976), a que se juntam as músicas de Fausto Bordalo Dias e de grupos balantas e bijagós, Fernando Matos Silva concebe um filme-ensaio que questiona o processo de colonização da chamada Guiné Portuguesa, analisando de forma alegórica alguns discursos e narrativas que cruzam referências geopolíticas, económicas, científicas e culturais. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
⇒ DIA 04 MAIO | 21h30
- BOM POVO PORTUGUÊS, Rui Simões, 1980, 133’
Cópia digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.
A Revolução dos Cravos, a 25 de abril de 1974, trouxe não apenas a mudança tão desejada, na sociedade portuguesa, das suas relações sociais e políticas como, também, uma hipótese de novo futuro, o tal “dia inicial inteiro e limpo”, nas palavras de Sophia de Mello Breyner Andresen, regido pela liberdade individual e um poder de expressão que tinha sido negado, anteriormente, a todo o povo português. Um “bom povo português”, como o apelida Rui Simões, que sofrera em silêncio, e muito dele na miséria, até explodir de alegria com a intervenção das forças armadas que pôs fim à Guerra Colonial e derrubou a ditadura do Estado Novo. Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema