Distopia + Hotel Royal
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Categoria hospedeira: Programação
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in Ciclo do mês
21 Abril | IPDJ | 21h30
DISTOPIA
Tiago Afonso, Portugal, 2021, 62’
Ao longo de treze anos, de 2007 a 2020, o filme acompanha a mudança no tecido social da cidade do Porto. Demolições, expulsões e realojamentos que afetam a comunidade cigana do Bacelo, a população do Bairro do Aleixo e os vendedores da Feira da Vandoma.
COM A PRESENÇA DO REALIZADOR
notas
“Distopia”, de Tiago Afonso, inserida no Doclisboa 2021, na Competição Portuguesa, é uma obra que vence pelo seu casamento perfeito entre reflexão e urgência, pela sua impecável capacidade de se focar, nas palavras do realizador, na noção de “menos é mais”, conseguindo apresentar, numa pequena longa-metragem de pouco mais de uma hora de duração aquele que foi um cuidado trabalho de investigação sociológico realizado ao longo de década e meia. magazine-hd
[...] “Distopia”, de Tiago Afonso, venceu o prémio HBO Portugal para Melhor Filme da Competição Portuguesa (atribuído unanimemente) — “por ter encontrado a distância justa para retratar a luta de uma comunidade pelos seus direitos” — e o prémio Escolas ETIC para Melhor Filme da Competição Portuguesa. “Uma escolha muito difícil, entre curtas e longas, todas excelentes, cada uma com a sua visão única e importância social”, sublinhou o júri deste último prémio, que acabou por escolher um trabalho “de vários anos, que é um retrato e uma crónica de sofrimento contínuo e presente, causado pela gentrificação da cidade do Porto, cujas imagens e estrutura levam a uma necessidade de ação por todos o que o experienciam”. Expresso
"Distopia" de Tiago Afonso mostra gentrificação da cidade no Porto/Post/Doc. Sapo Mag
‘Distopia’ é a análise certeira das transformações do espaço urbano. Espalha Factos
HOTEL ROYAL
Salomé Lamas, Portugal, 2021, 29'
“No decorrer dos meus deveres de limpeza, examinei os pertences de cada hóspede do hotel e observei através dos detalhes, vidas que permanecerão desconhecidas.” diz a Camareira temporária num grande hotel à beira mar, que incapaz de se relacionar, vive através de uma rígida metodologia de análise sobre o exterior e um quotidiano ritualizado. Até que o incontrolável vem perturbar esta dinâmica. Hotel Royal é um fragmento e incompleto mosaico das sociedades contemporâneas. Poderia ser apelidado de um filme sobre os horrores da alma, sobre voyeurs ou simplesmente sobre inadaptados.
Nota de intenções [...] |